quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mas também pode ser que você não veja nada. O sol - claro demais, é claro - obscurece sua visão.... Pode acontecer, não pode?

Quantas vezes quando você está dirigindo, por exemplo, e o sol bate bem na sua cara e você não enxerga nada... não, enxerga sim.... uma enorme mancha branca... amarelada, sei lá  - também não preciso explicar porque você sabe muito bem do que estou falando. E mesmo sem distinguir as formas, você segue dirigindo o carro... a sua vida. E, se você está lendo este texto é porque conseguiu se sair bem da situação... não deu com a cara num poste, numa árvore ou num carro que vinha em direção oposta.

Você foi guiado, digamos, por um sexto, sétimo, oitavo sentido... por instinto, sei lá. Só sei que se os instintos existem é por algum motivo.

Então, o que quero dizer é... pode ser até que você suba na roda gigante pra se certificar - afinal quem descreveu a cidade mostrava tanta propriedade que deixou você com a pulga atrás da orelha. Você quer se certificar... não conta pra ninguém e, escondidinho de todo o mundo, você vai rodar na roda.

E roda, e roda - cada vez tem de comprar um ingresso novo, mas você não se importa em gastar dinheiro pra ficar tonto.... ou, quem sabe.... just maybe... seus olhos vencerem a 'escuridão' ... ops... não são os olhos que têm de vencer a escuridão - a escuridão está na alma - você vence, ou Alguém vence pra você e tchan, tchan, tchan, tchan....

Veja bem.... quem tem de tomar a decisão de subir na roda mil vezes se for preciso pra ver a belíssima Londres se descortinar diante de seus olhos é você mesmo.... mas ao mesmo tempo não depende de você... ou o desejo será colocado em seu coração ou não...

Tá complicado!? Pois é... eu  nunca disse que seria fácil.

Fácil é seguir fazendo de conta que os raios ultravermelhos não existem... mas eles existem, sim.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quem sou eu? Quem é você? Já escrevi que não é tão simples assim responder a essas perguntas. Não, não é mesmo.

Sabe o que eu penso? Que existe uma passagem estreitíssima e que alguns afortunados conseguem encontrá-la, passar por ela e entender exatamente quem são. Na verdade, na verdade... não a encontram... estão distraídos demais... são atraídos - propositadamente - a ela. Há um ímã entre esses alguns e essa, digamos, passagem para a compreensão.

Imagine um dia completamente envolto em brumas. Não se consegue enxergar um palmo diante do nariz. Nada... o que se vê é apenas uma densa neblina. Você está em Londres, na famosa roda gigante - A London Eye também conhecida como Millennium Wheel (Roda do Milênio) - a roda  gigante de observação.

Uma espessa névoa espessíssima cobre a cidade. Um morador local aponta - pra você - em todas as direções e descreve a cidade... o rio bem embaixo da roda... a Tower Bridge.... o Big Ben... e tudo o resto. 

Você sorri e pensa 'que imaginação fértil'... Não há nada disso em seu campo de visão. 'Esse cara é no mínimo louco', pensa você com seus botões. E dá um sorrisinho de superioridade e acena afirmativamente com a cabeça... fazendo de conta que acredita... ou rebate firmemente - do alto da sua superioridade - não, não há nada disso... tudo pura imaginação (vamos fazer de conta que você nunca leu, nunca viu no google nada disso, tá!? Só pra fazer sentido o que eu estou escrevendo).

Mas, numa ou noutra opção, você fica, no mínimo, curioso.

E num dia - meio raro - de sol a pino... você decide tirar a prova (de que está certo, of course) e vai dar mais um passeiozinho na roda.

Uau! Está tudo lá.... perfect, perfect and perfect....

Você é um dos afortunados que foi atraído para a estreitíssima passagem. Agora você vê... agora você entende... agora você sabe quem é você. 

'De onde vem o mundo?' 

sábado, 17 de agosto de 2013

Ou há um criador ou não há um criador. Não existe opção fora disso que acabei de digitar.

Vamos acreditar que há um criador... um Criador... que eu chamo de Deus. Você pode chamar do que quiser.

Quem é você? Diante desse Criador quem é você? Por que Ele criou você? Por que criou do jeito que criou? E por que você não consegue ver cristalinamente a mão de  um criador em tudo o que existe? Ou por que você consegue ver cristalinamente que há um criador?

Porque é uma das duas coisas: ou você consegue ver cristalinamente, ou sua visão está turvada e você não acredita em nadinha de nada que há um criador.

Seja lá o que for... você está aí na frente da tela do computador lendo o que escrevi.... então você existe, foi criado... por um Criador (ou por uma explosão)... mas a verdade é que foi criado.

Vou aproveitar a ideia de J. Gaarder: vá pra frente de um espelho, olhe-se nos olhos e pergunte-se: Quem é você?

Não, não não adianta me dizer que é Fulano de Tal, Cicrana de Tal.... isso eu sei - e não passa de um nome, você não concorda? Você poderia ter recebido qualquer outro nome, não iria fazer  a menor diferença... você seria quem é. Com qualquer nome do mundo, você seria exatamente quem é.

Então: quem é você?

Se você acredita que há um Criador, então você sabe quem é. Você é uma criatura desse Criador. E só.

Não, não... tem mais, muito mais. Você acreditar - apenas acreditar - que existe Deus determina apenas que você é uma criatura.... e é muito pouco ser apenas uma criatura. Na verdade, é horrendo ser apenas uma criatura... tem de ser mais. E é nesse mais que em uma hora  qualquer eu vou focar - quando chegar a  hora.

Ah! se você já sabe que é mais do que uma criatura, fique feliz, fique tranquilo e siga fazendo tudo pra honrar seu Criador... sim, porque é isso que nós, seus filhos, temos de fazer.

Agora, se você não saiu do estágio de criatura.... bem, aí a conversa é longa... e o tempo urge... ou ruge... tanto faz.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Não se surpreenda, não se surpreenda com mais nada.

Se você pensar um pouco, verá que não existem razões para surpresas. Pense comigo: havia o caos, um estado de mais absoluta confusão... iiiii já comecei a misturar crenças.

Caos é, de acordo com Hesíodo - um poeta grego da Antiguidade, lá da mesma época de Homero - , a primeira divindade a surgir neste universo que você já ouviu tanto falar. Se o Caos é a primeira divindade é, por consequência, a mais velha das formas de consciência divina.... e põe velho nisso.

Mas será que havia o caos mesmo... ou o que havia era um mar de tranquilidade - não bem um mar como você conhece, estou usando no sentido figurado, porque o mar surgiu depois - por um mar de tranquilidade, quero dizer uma imensidão de tranquilidade, de paz... e Deus criou os céus e a terra.

Quem é esse Deus? Onde Ele estava antes de dar uma pausa na eternidade passada? E criou do quê? Tá bom... tá difícil de acreditar em um Deus que sempre existiu e criou um  monte de coisas do nada - pense bem: do nada - criou tudo isso que está aí agora.

Então tá, não acredite nesse Deus. Acredite no Big Bang... bang... bang e está aí tudo o que você pode ver.. e mais uma infinidade de coisas que você não pode ver....

E eu digo: não se surpreenda.

Não se surpreenda de estar lendo este texto... eu escrevi... isso que você está lendo saiu da minha cabeça e, agora, está entrando na sua cabeça. Não que eu tenha escrito muita coisa que você ainda não sabia. Sei que não estou escrevendo nenhuma novidade. A única novidade é você ler o meu texto... o resto, o resto é tudo velho... quase tão velho como o Caos...

Tem de haver uma explicação. E é isto que os homens têm feito desde sempre: estão à procura de uma explicação... razoável, palpável, acreditável.

O que é mais inacreditável: que eu creia na criação divina... ou que não creia que há um criador?

Porque é, pra mim e pra você, uma das duas coisas.

sábado, 10 de agosto de 2013

O jardim do Éden... no jardim do prazer... sim, Éden significa prazer.

"[...] afinal de contas, algum dia alguma coisa tinha de ter surgido do nada [...]"

De repente, chega assim do nada pra você uma duvidazinha... alguma coisa fica incomodando e você para de viver 'sem consciência' de sua própria vida e começam a surgir perguntas... incômodas, às vezes.

Pode ser na primavera, as dúvidas chegam com o perfume colorido das flores, com as lindas e leves borboletas; ou pode ser no verão... você, em uma rede, à beira do mar, numa espreguiçadeira, ou simplesmente sentad@ tomando um suco de maçã; ou, ainda, pode ser no frio gelado do vento do inverno... na neve branquinha, ou simplesmente deitad@ enrolad@ em uma manta xadrez de lã; ou, também, pode ser no outono... lindo outono - feche os olhos e imagine um típico outono da América do Norte.... pode ser.... a cena do outono vou deixar por sua conta.

Não é curioso como as coisas acontecem? Como as coisas nascem? Como crescem? Como desaparecem? Na verdade, nada desaparece assim - puft - tudo se transforma. Não é mais incrível ainda? A transformação?

E Deus estava lá - não sei bem onde é esse lá - e decidiu fazer uma interrupção na eternidade passada: o princípio de tudo começou... Deus criou o mundo!

Tudo bem, essa é a minha crença (e de muita gente também) e com base nela é que vou escrever. Mas não vou ser egoísta e falar só do que eu acredito. O meu objetivo é falar aqui também de crenças diferentes da minha.

Pergunta: Quem é você?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quanto tempo de sua vida você simplesmente acordou de manhã e viveu o seu dia exatamente como ele se apresentava?

Muito tempo...

Depois chegou um momento em que você começou a fazer planos... que muitas vezes se concretizavam e em outras tantas vezes o resultado não chegava nem perto do que você esperava.

Como falei, este Blog, além de se basear em O mundo de Sofia, de J. Gaarder, também se baseia na Bíblia... então lá vai a primeira referência: "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem da boca do Senhor" (Pv, 16:1).

E, normalmente, você, eu.... quando o planejado não dá certo, não aceita na boa, não. A gente se revolta, fica triste, irritado, chora, esbraveja.... mas isso tudo não adianta nada, não.

Quanto mais cedo entendemos que é assim que a vida funciona e aceitamos esse funcionamento, esse modo de ser, melhor pra nós.... pode acreditar :)

"Quem, de três milênios, não é capaz de se dar conta.... vive na ignorância, na sombra, à mercê dos dias, do tempo." (Goethe)

Você já se deu conta? Você vive na ignorância? Você está à mercê do tempo?

domingo, 4 de agosto de 2013

Este Blog será todo baseado no livro O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, - um romance norueguês da história da filosofia, e também na Bíblia - a palavra de Deus.

Quem sou eu?

A pergunta que acabei de digitar deve ter sido feita pelo menos uma vez por mim, por você e por qualquer ser humano que tenha em algum momento se deparado - conscientemente - com sua própria existência.

A ciência não sabe com exatidão quantos seres humanos viveram até hoje na Terra. Pelos cálculos feitos pela Population Reference Bureau, em 2002, até esse momento, na terra teriam vivido um total (aproximado) de 106.456.367.669 pessoas. De 2002 até 2008, houve 426.971.281 nascimentos, mais um outro  tanto até 2013; então, digamos que já chegaram a este planeta mais ou menos 120.000.000.000 de pessoas.

Não direi que a pergunta inicial do texto tenha sido feito por esse tanto de gente.... mas garanto que quase chega lá.

Quem sou eu? De onde vim? Pra onde vou?